Da varanda, víamos o sol desmaiado refletindo nos prédios. Vicente, o mais bebê das crianças, ainda sorrindo, já tinha os olhos pesados de sono. As outras corriam pela sala enquanto as mães conversavam. O DVD já há algum tempo repetia continuamente a vinheta de abertura.
Na cozinha, coloco água a aquecer para o café e o Marcelo cuida da louça. Rodrigo, o gaúcho da turma, comenta que da próxima vez faremos um churrasco. Sobre o fogão, a farofa, o pernil ainda pela metade, alguma pouca salada murcha. E a calda perfumada que sobrou da compota da kinkan. Marcelo fita a calda com um olhar comprido de mineiro querendo alguma coisa.
– Um desperdício jogar fora esta calda. Ela ficaria perfeita em cima de um “bolim”…
Quase como mágica, eu abro o armário e tiro três muffins de goiabada que eu fizera no dia anterior. Marcelo corta os muffins, despeja a calda.
Sentamos à mesa e olhamos em volta, para nossas mulheres lindas e nossas crianças que vão crescendo. Lembramos dos nossos pais, espalhados pelo Brasil de norte e sul, ou morando em outras terras, onde a distância já não se mede pela latitude, mas pela saudade.
O café está servido. Feliz Dia dos Pais.
Sandro, vc arrasou na cozinha ontem! E a tarde foi especial. A foto aí já vale por mil palavras! Valeu!
Abraço
Sandro, obrigada pelo “banquete”, pela casa aberta e pelas palavras. Lindo registro. Bjos
Sandro,
é sempre um prazer a leitura dos seus textos. E agora ainda mais sabendo que participei um pouco deste pernil. Um abraço, N (e felizes todos os dias dos pais)
Muito bom passar o dia dos pais com os amigos, as crianças, o pernil e meu chef de plantão, Sandro Marques.
Verdade seja dita: o doce e a calda da laranja ficará na história.
Você e a Ângela são muito gentis. Obrigado!!
Ai que fome….