Num cantinho despercebido do Estadão de ontem, matéria fala sobre produtor de insetos que procurou o governo para pedir a legalização da venda de insetos para alimentação humana. Aprendo com a matéria que há mais de 1.400 espécies de insetos utilizados como alimentos, e todos com um alto valor proteico.
Se a gente lembrar que Coca-Cola foi concebida como remédio, tem um gosto estranho, e no entanto, por força do marketing, é um sucesso de vendas, tudo é possível com os insetos. Mas a questão não está só na legalização. A gente pode até fazer uma marcha pela legalização da barata (já que outros baratos também estão buscando legalização).
Mas o que vai mudar o status das baratas e das lagartas é o glamour. A lagarta não pode ter vergonha de ser gostosa. Não adianta dizer por aí que tem 37% de proteína na sua composição. A lagarta tem que chegar à alta gastronomia. Virar tendência. Daí para o escondidinho de lagarta congelado é um passo.
Lagartas, uni-vos.
3 respostas em “A marcha das baratas”
Sandro , vou te mandar uma foto que tirei na China de um …”açougue”. Acho que era um açougue. Tinha pato, galinha, umas carnes penduradas e uns seres abissais que desconheço se eram do mar, da terra ou de Plutão. Vi os espetinhos de escorpião e algumas coisas que prefiria não ter visto. Mas o mais próximo que cheguei da gastronomia artropodista ou insetífera (como diria Odorico) foi na versão mexicana, dentro da bebida. Mas eu já estava tão imerso na cultura local (leia-se alcoolizado), que o lagarto me pareceu quase um escargot. Abs!
Dizem que o futuro é proteína produzida em pequenos espaços, que sairemos dos grandes ruminantes para os pequenos roedores e depois insetos. Eu espero estar morto, bem morto…assim como você eu prefiro comida que não tem vergonha de ser gostosa, mas já tô vendo os chefs franceses combinando o marrom das baratinhas com o amarelo da mandioquinha enquanto os veganos reclamam pela vida da blatela germanica…
existe um molho a la @redator aí. parabéns.