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Você é carnívoro, vegetariano ou climatariano?

O New York Times publicou uma lista de palavras sobre comida que emergiram em 2015. Entre elas, “climatariano”, para descrever adeptos de dietas que podem ajudar a reverter os efeitos das mudanças climáticas. Isso inclui consumir comida produzida localmente (o que em 2012 chamávamos de locavorismo), consumo de proteínas com menor emissão de efeitos de gases de estufa na produção e aproveitamento integral dos alimentos (o que a sua avó chamava de “não desperdiçar comida porque tem criança passando fome no mundo”).

+ O grupo chamado Climates defende o climatarianismo e te ajuda com a lista de compras.

+ A Embrapa explica o impacto das mudanças climáticas na agricultura brasileira.

 

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Criatividade é como fruta madura que cai do pé

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Peixe, Tuju

A prova da criatividade do cozinheiro é a surpresa do comensal. Você prova o quiabo com camarão da Roberta Sudbrack e indaga: “Como alguém não tinha pensado nisso antes?” Experimenta o chibé da Mara Salles, e se intriga: “Quem poderia ter pensado numa forma tão delicada de servir?” Almoça no Tuju e se pergunta: “Como recriar o cardápio o todo dia” e manter o frescor das ideias?

Roberta Sudbrack disse há algum tempo que detesta quando perguntam sobre seu processo criativo. Que para ela, não existe um processo, mas o fluir da idéia – a fruta que, de madura cai do pé, não importa a hora. Coitado de quem estiver embaixo na hora errada.

Carlos Alberto Dória, por sua vez, lembrou que o fluir das idéias não é assim tão anárquico e que somente o trabalho árduo de investigação de uma mente curiosa é o que garante a criatividade.

A persistência é um dos traços mais comuns a artistas e inventores. Thomas Edison dizia que cada insucesso nos seus projetos não era de fato um insucesso, mas um passo a mais em direção à solução correta. E que na verdade, não tinha falhado, mas descoberto 1.000 maneiras diferentes de como uma determinada coisa não funcionava.

Um dos meus modelos preferidos de criatividade é o proposto por Theresa Amabile, da Universidade de Harvard. A professora defende que a criatividade ocorre na convergência de três dimensões. A primeira delas é a motivação; a segunda, o expertise em um determinado domínio de atuação. E a terceira é aquela que comumemente identificamos como capacidade criativa, aquilo que faz as pessoas pensarem de maneira diferente, olharem as coisas do avesso (Amabile chama de “creative thinking skills”). Sem a confluência dessas três dimensões, o processo criativo falha.

Por exemplo: um cozinheiro motivado e competente, mas que não questiona as verdades estabelecidas, vai apenas reproduzir eternamente os mesmos pratos. Já um cozinheiro motivado e questionador, mas sem habilidades técnicas e intimidade com os ingredientes, só vai produzir bobagens. E um cozinheiro questionador e competente, mas desmotivado – bom, é melhor esse pendurar os Crocs, porque sem paixão não há criação.

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Atualizei este post (escrito originalmente em 2010) para lembrar que dia 29/02, às 20:00, no Centro Universitário SENAC, o especialista em criatividade Conrado Schlochauer, o chef Ivan Ralston do Tuju e o chef Jaume Biarnés, da Fundação Alícia, na Espanha, farão um debate sobre criatividade na cozinha. Conrado, que também é doutor em educação, ensinará técnicas para o desenvolvimento da criatividade e Ivan Ralston contará sobre o seu processo de criação de pratos.

 

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Não a mesma praça, não o mesmo lanche

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Dos frequentadores de shopping, 22% afirmam que foram ali só para comer alguma coisa. 37% dizem que vão fazer compras, mas duvido que não deem uma passadinha na praça de alimentação. Aliás, a praça já não é mais praça e a oferta mudou muito.

A Galunion Food Service Watch publicou um estudo completo sobre alimentação em shopping centers.

Você poderá conversar e fazer perguntas para Simone Galante, diretoria da Galunion, nesta segunda-feira, 22/02, no debate promovido pelo SENAC sobre “Tecnologia, Cozinha e Negócios” com a participação dos chefs Alain Poletto e Rafael Coutinho.

Local: Centro Universitário SENAC – SP (Av. Eusébio Stevaux, 823)
Horário: 20:00
O evento gratuito e não é necessária inscrição, mas os lugares são limitados.

Mais detalhes aqui: https://www.facebook.com/events/567999190019763/

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Pokarias

Brigaderias, cupcakerias, bolarias, paleterias. Esqueci de alguém? O jornalista canadense David Sax diz que brasileiros e americanos são mais abertos a ondas gastronômicas. Qual será a próxima? Os Estados Unidos começaram a descobrir o poke, um prato havaiano a base de peixe cru, temperado com gengibre, shoyu e óleo de gergelim. Parece familiar? Sim, é uma combinação de sabores que não pode dar errado. A não ser que você use ingredientes de baixa qualidade – alguém lembrou das temakerias?

+ Leia a entrevista do David Sax para a revista Gosto em fevereiro.

+ Veja uma receita de poke (no meu, acrescento tabasco e umas gotinhas de limão)

+ Em São Paulo, você experimenta ótimos pokes no Mr. Poke.

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Não troque ainda o bacon pelo salmão

A ONG Oceana descobriu que 43% do salmão vendido como “selvagem” nos EUA era, na verdade, salmão de cativeiro. A probabilidade de ser enganado é cinco vezes maior quando o consumo é feito em restaurantes. No Chile, de onde brasileiros compramos o peixe, os produtores vem aumentando o uso de antibióticos, enquanto na Noruega já foram desenvolvidas vacinas contra as infecções bacterianas.

O relatório de sustentabilidade da Global Salmon Initiative é revelador (mas é preciso ler nas entrelinhas nos infográficos).

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Ruim para a cintura, bom para a economia

Há três décadas, 70% dos americanos diziam evitar lanchinhos entre as refeições. Este número caiu para 30% e a prática do snacking, que faz brilhar os olhos da indústria, não aumentou apenas entre os americanos. O hábito também cresce na França, apesar de 90% dos franceses afirmarem a importância de uma verdadeira refeição em torno da mesa (no Brasil, apenas 47% das pessoas dizem que isso é importante).

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No futuro, todos comeremos jaca

Alguns pesquisadores sugerem que jaca é a comida do futuro. A planta é extremamente produtiva e resistente a pragas e mudanças climáticas. Jaca verde desfiada e temperada corretamente parece carne de porco, e começa a aparecer em cardápios de Londres a Los Angeles. Nos EUA, a Upton Natural’s e a Jackfruit já vendem o produto embalado em supermercados para ninguém sujar as mãos de visgo.

Quer botar a mão na jaca? A Neide Rigo tem receitas.

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Hoje Proust comeria sucrilhos?

A cena é um clássico: o aroma de um bolinho mergulhado no chá transporta para o passado. Foi assim que Marcel Proust imortalizou as madeleines no romance “Em Busca do Tempo Perdido”, criando o mais conhecido símbolo do poder evocativo da comida. Só que a editora Saint-Peres acaba de revelar que Proust tinha escrito versões anteriores em que as memórias eram despertadas por torradas com mel e biscotti. A decisão final foi baseada na preferência pessoal de Proust ou no melhor efeito literário? Se fosse hoje, a escolha seria apenas efeito da estratégia de product placement e merchandising de alguma marca de alimentos.

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O que há em um nome

Cafés são meu segundo escritório. Um lugar onde procuro wi-fi, poltrona e, incidentalmente, um bom espresso. Mas será que é mais confortável trabalhar no Sofá Café, mais científico trabalhar no Coffee Lab e mais focado trabalhar no Por um Punhado de Dólares? Em Londres, o site “Information is Beautiful” fez uma taxonomia de nomes de cafés e encontrou desde “Tremors” até “Mother’s Milk”.

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Sr. Drácula, aceita uma água de coco?

O New York Times diz que a principal mudança recente na dieta norte-americana é a queda no consumo de refrigerantes. A Lucky Peach avisa sobre o exagero de achar que água de coco pode substituir o plasma sanguíneo. De acordo com o relatório que mapeia 12 tendências em alimentos e bebidas da Mintel, aditivos artificiais são o novo “inimigo público número 1.”